História

RUÍNAS MILENARES DOS CELTAS E ROMANOS QUE AQUI VIVERAM

O Domínio do Açor está inserido em uma fascinante atmosfera histórica junto à vila de Oliveira do Conde, uma pequena freguesia no Concelho de Carregal do Sal e Distrito de Viseu, na região vinícola do Dão.

Aos amantes e viajantes do mundo do vinho, é inevitável pensar que estamos a caminhar em Volnay ou Vosne-Romanée, quando saímos do domínio e entramos nas antigas ruas de pedra em direção à nossa adega velha, encravada num charmosíssimo largo, em frente à brasonada Casa dos Buxeiros, do séc. XVII. Mas voltemos ainda mais no tempo…

Foto: Pedro Nobrega

Devido à localização geográfica estratégica entre o rio Mondego e o rio Dão, com solos bons para a agricultura e florestas para caça, esta região recebeu desde há alguns milhares de anos a ocupação de diversos povos e civilizações. O Circuito pré-histórico Fiais/Azenha contempla diversos dólmens e outros monumentos megalíticos em excelente estado de conservação, que datam do IV milênio a.C, muito próximos ao Domínio do Açor.

Terra dos povos celtas – a vizinha freguesia de Cabanas de Viriato homenageia em seu nome o grande líder da resistência dos lusitanos – até a conquista romana concretizada no séc. I a.C, o atual território de Carregal do Sal passou a fazer parte da “civitas” romana de Viseu. Diversos vestígios celtas e romanos podem ser admirados na freguesia de Oliveira do Conde, e mesmo dentro da nossa propriedade, possivelmente ligada à agricultura desde tempos muito remotos, como atestam os caminhos, rodas de pedra e mananciais romanos que sobreviveram para contar essa história no Domínio do Açor.

Segundo a Dra. Paula Teles, “o topónimo Oliveira do Conde deriva de "ulveira", designação de terra funda de lameiros, domínios mencionados na Carta de Povoamento do Mosteiro de Lorvão (1105) e mais tarde viria a ser domínio dos Condes de Sortelha e dos Condes de Vila Nova de Portimão”. A riqueza histórica, geográfica e agrícola, e uma população dedicada à sua exploração, inclusive da vinicultura, “seriam fortes motivos de interesse régio para atribuição de forais e assim, em 1286 D. Dinis concede o primeiro foral a Oliveira do Conde e D. Manuel I, em 20 de dezembro de 1516 o segundo”.

A NOSSA IDEIA

Elaborar grandes vinhos de elegância, frescor e mineralidade no Dão, valorizando a região e os seus produtores, e trabalhando em harmonia com a natureza e a comunidade local.

Por que o Dão?

O Dão é considerado por muitos profissionais a região que pode entregar os vinhos brancos e tintos mais elegantes de Portugal, muitos associam inclusive o seu estilo de finesse à Borgonha.

As condições naturais do Dão propiciam a elaboração de brancos e tintos consoante à “nova estética” do vinho: com frescor, mineralidade do granito, elegância, gosto do lugar e digestibilidade.

Com o aquecimento global, as condições naturais do Dão protegem o estilo e o encepamento clássico da região, para que não hajam grandes alterações como em regiões mais quentes e secas como o Douro e o Alentejo.

O encepamento clássico do Dão é de altíssima qualidade, e conta com grandes castas de apreço crescente em todo o mundo, como a Touriga Nacional (originária do Dão, reconhecida como a grande casta tinta portuguesa), Alfrocheiro, Jaen (Mencia na Espanha), Encruzado (uma das melhores e mais versáteis castas brancas do país), além de castas menos conhecidas que podem lograr vinhos de imensa elegância, tensão e frescura: Tinta Pinheira (Rufete), Alvarelhão, Bastardo (Trousseau no Jura), Bical, Cerceal, Uva Cão e Luzidio.

Foto: Pedro Nobrega
Foto: Pedro Nobrega

A beleza geográfica da região é impressionante, com a sua paisagem ondulada, serras imponentes com estações termais ou de montanha na Serra da Estrela, rios que correm em vales de granito, casas senhoriais de grande beleza e cidades incríveis como Viseu, com grande patrimônio histórico e cultural. A gastronomia da região é riquíssima e alinhada com os vinhos locais: cabrito ao forno, queijo Serra da Estrela, arroz de entrecosto (costelinha) ou de míscaros (cogumelos locais), vitela assada à moda de Lafões, etc.

A região é sempre “top of mind” entre os sommeliers portugueses e estrangeiros.

A ESSÊNCIA

“DOMAINE ”: remete à qualidade única e à finesse e representação do terroir no vinho. Deixa falar a voz da terra através dos seus vinhos Inspira confiança de qualidade, os vinhos provêm das suas próprias vinhas, cultivadas com esmero, sabedoria e respeito pelo ambiente e terroir.

O LUGAR

Uma das serras que protege e influencia na qualidade dos nossos vinhos é a Serra do Açor, bem visível das vinhas e linda para visitar, com florestas, quedas d’água e uma das aldeias mais pitorescas de Portugal, Piódão.

A aludir à nossa filosofia de fazer grandes vinhos de terroir no Dão.

A evocar a nossa sub-região de Carregal do Sal em Terras de Senhorim, e também o efeito único que as montanhas circundantes geram no estilo dos vinhos do Dão.

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